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terça-feira, 10 de maio de 2011

Meus erros serão corrigidos.

Meus erros, são parte do processo de evolução, se você colar em mim para copiar o que aprendi árduamente, talvez se cegue. Não saberá quando eu me corrigi.
Colou errado amigo, é mesma coisa na vida e no seu parkour.

Levando um treino com um antigo amigo.

É muito fácil você querer fazer apenas o teu parkour, e julgar seu antigo amigo de treino alguém incapaz de evoluir corretamente sem estudar o parkour e suas mudanças pelo mundo.

Começa assim,... ao sair da escola (2006) você chega numa praça com seu amigo e vê um monte de caras pulando a lá Singin' in the Rain, nada habilidosos, mas fazendo algo.

Curiosos com aquela movimentação de pessoas fomos perguntar do que se tratava. Ao perguntar um deles respode:

- Le Parkour!

- Le páuquê?

- Le Parkour! - Ah tá...

- Como faz?

- Pula aqui e ali, assim e assado!

Massa!

Aquela massa de pessoas nos enchia de entusiasmo e todos em fila numa sequência de repetições e tentativas, até uma conquista!

Cara, aquilo "arrepiou-me a epiderme" como dizia o personagem Cézar da peça Hermanoteu na Terra de Godah.

Aos poucos, fomos eu e meu amigo (Mário), treinando loucamente com bigjumps e etc...

Pulando um tocão da história.

Começamos nos jogando do alto e fazendo movimentos inúteis (utéis na época) e repetições, reflexo do que nos passaram ao nos apresentar o parkour.

Mário, não é o tipo de pessoa que busca a filosofia em si do parkour, porque mal dita é a invenção filosófica de veteranos que só sei que existe porque nos disseram que existia, assim segui uma filosofia que não existia e acreditava ser certo...

Criei eu Rafael Sotero (butuí) uma filosofia das mudanças, a filosofia de um pouco de cada um, não minha mas de todos um pouco...

Mário aprendeu que repetições é o seu forte, porque ele viveu na arte marcial desde antes de treinar parkour, que repetições era importante. E eu treinava junto essas repetições e um dia deu no saco apenas repetir sem progresso. Era daqui, ali, sem ir mais longe ou para ser melhor aplicado.

Mas Mário se limitou as repetições enquanto eu "evoluia". Suas repetições não o faziam pular mais longe ou então subir rápido um muro e percorrer um percurso de ponto A e B.

Comecei a treinar "meu parkour" como muitos diziam, e dali percebi que o parkour era algo muito individual o que me levava a crer do porquê o parkour hoje é tão dificil de explicar a alguém.

Simples! As mudanças filosóficas, o "meu parkour" que na verdade significa "foda-se" ao pé da letra, fizeram praticantes de "sei lá o que", crescerem separados ao invés de unirem um conceito.

Mas hoje é dificil de concertar, e digo que é quase impossível (disse quase) os choques são muitos, mas o que nos faz interessados em viajar para outro lugar, é o fato de que os conceitos e habilidades são muitos!

Essa individualidade as vezes também nos distancia, assim como fiz com o Mário. Distanciei... Eu estava louco pesquisando muito, mas pesquisando confuso, achando certo o fato de só de conseguir absorver, mas não de processar isso tudo.

Então ficou assim, Mário ficou sem conhecer mais ninguém, e sem referencia, repetiu várias vezes o que aprendeu, desde o inicio até hoje. Isso 5 anos ainda desde 2006.

Ao conhecer estes novos praticantes entendi melhor o percurso e conheci técnicas que até hoje sou grato e também a cada pitaco de cada brasileiro de cada estado benéficos de cada evento participado.

Mário continua repetindo...

E eu indo... regredindo (sensação)... indo... regredindo (sensação)...

Bom... levando aos dias de hoje. Me encontrei em completo estado de cocô!

Meus amigos recentes (2 e meio ano) de treino, estão com tornozelos torcidos e minha namorada Stefany que também treina, está estudando. Então, vou encontrar com o Mário.

Tendo em visto também que os bancos da praça onde eu e Mário começamos nosso treino, e onde dei meu primeiro precision de 9 pés, foram completamente destruídos. E logo lembrei do meu primeiro treino com ele.

Tenho que falar com ele, estou com saudades do meu amigo... o que faz ele hoje?

- Mário, pode treinar?

- Bora ué!

Mario alonga do mesmo jeito, aquece do mesmo jeito, alonga do mesmo jeito, e seus movimentos são os mesmo, menos o precision... O precision é mais confiante e tem melhor fuidez.

Mário me aborda e me lembra que eu estava certo sobre o modo correto do precision. Que teve resultado. E ao iniciar o treino ele fez as mesmas coisas no mesma distância e na mesma performance.

O que me fez refletir isso tudo, foi o fato de que ele precisava apenas de um diálogo para melhorar, contrário de que me distânciei dele para "evoluir", Hoje percebi que não evolui ainda, agora é que sinto que vou evoluir. Meu parkour começa agora, voltando no tempo onde eu deixei a minha individualidade me dominar e abandonar um companheiro para trás por conta de uma filosofia barata que nem existe e nem nunca existiu. Não puno a "filosofia do parkour", puno a mim mesmo, que me deixei levar. Hoje fiz ele enxegar muita coisa nova dentro das coisas que muitos me mostraram, não descarto o que aprendi com outros, meu nível cultural aumentou. Meu objetivo está naqueles que vi e deixei fazendo o mesmo por causa do "meu parkour".

Hoje vou tentar mudar, amanhã quem sabe eles irão mudar.

Não sei se entenderam. Mas quantos de vocês não tem um amigo que ainda faz as mesmas coisas?As vezes o "seu parkour" criou erros repetitivos para outros assim como para você e eu que teve de voltar de qualquer jeito e aprender junto, para assim realmente evoluir.

Sim! Estou pronto!