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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ensinar é muito gratificante.

Hoje, treinando no PKVAL (Valparaíso de Goiás) com Mayson D Lucas, relembrei algo que há muito tempo não sentia ensinando alguém, senti o entusiasmo do mesmo! O verdadeiro entusiasmo na medida certa, sem exageros, e o melhor disso tudo é o "peraí vou fazer mais uma aqui".
Porra, isso é gratificante! Gerou a tal da muito comentada sinergia. Ô palavrinha foda e mágica!
Creio que as pessoas que acrescentam nos treinos e estão com vontade de aprender, fazem um somatório de novos praticantes que, por fora vêem sentindo de tabela o entusiasmo, mesmo que não sendo diretamente para eles, é que nem hormônio, sentiu, deu tesão! Daí vem um monte de gente "se esfregando" querendo saber como treina e/ou se podemos fazer aquele pulo que foi foda.
Fuck awesome!

Sinto que a coisa vai crescer violentamente aqui no PKVAL e quero que um dia todos sintam isso. Ou então os faremos sentir os hormônios digitais através dos vídeos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ter disciplina para disseminar

Hoje no Facebook, me deparei com um texto de Tiago Lima postado por Pedro Santiago (Santigas) que me apontou finalmente um norte, para umas das coisas que falta no parkour (pelo menos dentro do que conheço do parkour brasileiro incluindo a mim). Não só para parkour.

Com referência no texto de Tiago Lima que ao final deixarei para lerem, mostro o meu ponto de vista e que temos SIM parte da obrigação com as pessoas e não só consigo.

O falso parkour que tenho visto em vídeos dos outros e meu também, tem me aborrecido e me enfraquecido nos treinos. O parkour ficou mais comercial e circense, e giros enjoativos e gente se enroscados em barras como macacos bêbados de fruta amarula http://bit.ly/bXjlm.
Os movimentos enfeitados ganharam um novo brilho aos olhos daqueles que ainda não descobriram como "ser" com seu parkour, confesso que até eu gostei no início e tentei também. É a mesma coisa de você pegar o caminho mais perigoso para sua casa porque é mais perto. Dá preguiça dar a volta maior. Assim são os desafios da vida. Supere isso!
Bom. Após várias tentativas, acertei o movimento, e pensei em aplicar num percurso, tentei e tentei e me senti um idiota, daí os vídeos perderam o significado (que nunca tiveram), e me encontrei no ponto zero. Fiquei sem vontade nenhuma de ver outro vídeo com medo do doidinho começar a tomar amarula e ficar decepcionado.
Eu tinha um bobo objetivo superficial de "meu pai vai parar de fumar quando eu acertar o movimento", Lá vai... há! Droga... Viraram simpatia esfarrapada... não é assim que vou fazer meu pai parar de fumar, nem desde pequeno resolveu conversar, ele foi fraco.
O melhor que posso fazer é treinar outros para não terem espaço para vícios bobos exibicionistas, assim me disciplino ensinando-os a pensar que seu corpo é sua ferramenta de aprendizado, não só para si mesmo mas, uma ferramenta ajudar outros. De que forma? Sendo eu primeiro um bom indivíduo de caráter para eu estar apto a ensinar ao próximo para se espelhar nas minhas ações inspirando a outros.
Isso eu posso fazer treinando parkour. Compare o parkour como um caminho da vida. Durante um percurso com difíceis obstáculos estão as dificuldades (muros) a cada outro lado do muro partilhe uma boa ação. Por isso acredito que cada um de nós tem a obrigação de realizar esta difícil tarefa, porque reclamar é fácil, ir pelo caminho mais curto também. Pra mim, o difícil é foda. Este é o desafio real.
É fácil você errar, perder a cabeça. Difícil, é manter-se íntegro e verdadeiro consigo mesmo.

Eu já estou me treinando, só joguei uma fórmula, ponha seus ingredientes nela. Quero estar apto.


Texto de Tiago Lima

Continuo um sentimento ruim. O que houve com o intuito inicial da art du déplacement? Com o feeling que, com tanto carinho e garra, foi preservado quando descoberto por nós, no Brasil? Onde está o "ser forte"? Hoje em dia não vejo mais isso. As ocorrências, na verdade, são tão escassas que chega a ser vergonhoso ser praticante de Parkour. Mas que fique claro aqui que não é pela prática em si, mas pela repercussão e desenvolvimento avesso que a prática tomou. L'art du déplacement, Parkour, Free Running? Esqueceram que tudo veio do mesmo lugar e que esse lugar tinha apenas uma pergunta pairando? "Como ser forte?", eles questionavam no início. E hoje, que exemplo damos aos mais novos? Os mais antigos tem orgulho de ver o que fazemos? Eu entendo que o momento é diferente e que os recursos de difusão também melhoraram, mas isso não nos dá a liberdade de modificar o que foi no início. Vejo muitos rapazes, que se dizem praticantes de Parkour, executando formas e se deslocando sem objetivo algum, fracos, tanto fisicamente quanto mentalmente. Quando "ser jovem" começou a ser uma desculpa pra negligenciar a atenção a saúde e simplesmente ignorar os exercícios de manutenção/condicionamento, ou alimentação, sono? Quando a "paciência" começou a ser um atributo de pessoas acima de 30 anos? Quando o Parkour deixou de ser uma busca pela força (física e espiritual) e se tornou uma apresentação de macacos de circo? Independente do que façamos, com o tempo, fica cada vez mais claro que é necessário ter o fundamento, o básico, mais forte. E o básico é lembrar que no início, antes dos movimentos, antes dos saut de fond, saut de bras, précision, passe muraille, enfim, existia apenas uma pergunta que guiava um estado mental: "Como ser forte?", "O que 'forte' significa?", "O que 'ser forte' significa?". O tempo passa e estamos aqui, encontrando cada vez mais desculpas para o que fazemos e porquê fazemos. A liberdade de "encontrar seu próprio caminho" foi tomado de forma equivocada por muitos. Apesar de eu não ter o poder e nem o dever de alterar a maneira como a maioria observa o Parkour atualmente, só posso dizer que é uma pena e, as vezes, uma vergonha, saber que os valores iniciais foram abandonados por prestigio, fama, etc. Não se dá nada a alguém que não quer receber.



terça-feira, 10 de maio de 2011

Meus erros serão corrigidos.

Meus erros, são parte do processo de evolução, se você colar em mim para copiar o que aprendi árduamente, talvez se cegue. Não saberá quando eu me corrigi.
Colou errado amigo, é mesma coisa na vida e no seu parkour.

Levando um treino com um antigo amigo.

É muito fácil você querer fazer apenas o teu parkour, e julgar seu antigo amigo de treino alguém incapaz de evoluir corretamente sem estudar o parkour e suas mudanças pelo mundo.

Começa assim,... ao sair da escola (2006) você chega numa praça com seu amigo e vê um monte de caras pulando a lá Singin' in the Rain, nada habilidosos, mas fazendo algo.

Curiosos com aquela movimentação de pessoas fomos perguntar do que se tratava. Ao perguntar um deles respode:

- Le Parkour!

- Le páuquê?

- Le Parkour! - Ah tá...

- Como faz?

- Pula aqui e ali, assim e assado!

Massa!

Aquela massa de pessoas nos enchia de entusiasmo e todos em fila numa sequência de repetições e tentativas, até uma conquista!

Cara, aquilo "arrepiou-me a epiderme" como dizia o personagem Cézar da peça Hermanoteu na Terra de Godah.

Aos poucos, fomos eu e meu amigo (Mário), treinando loucamente com bigjumps e etc...

Pulando um tocão da história.

Começamos nos jogando do alto e fazendo movimentos inúteis (utéis na época) e repetições, reflexo do que nos passaram ao nos apresentar o parkour.

Mário, não é o tipo de pessoa que busca a filosofia em si do parkour, porque mal dita é a invenção filosófica de veteranos que só sei que existe porque nos disseram que existia, assim segui uma filosofia que não existia e acreditava ser certo...

Criei eu Rafael Sotero (butuí) uma filosofia das mudanças, a filosofia de um pouco de cada um, não minha mas de todos um pouco...

Mário aprendeu que repetições é o seu forte, porque ele viveu na arte marcial desde antes de treinar parkour, que repetições era importante. E eu treinava junto essas repetições e um dia deu no saco apenas repetir sem progresso. Era daqui, ali, sem ir mais longe ou para ser melhor aplicado.

Mas Mário se limitou as repetições enquanto eu "evoluia". Suas repetições não o faziam pular mais longe ou então subir rápido um muro e percorrer um percurso de ponto A e B.

Comecei a treinar "meu parkour" como muitos diziam, e dali percebi que o parkour era algo muito individual o que me levava a crer do porquê o parkour hoje é tão dificil de explicar a alguém.

Simples! As mudanças filosóficas, o "meu parkour" que na verdade significa "foda-se" ao pé da letra, fizeram praticantes de "sei lá o que", crescerem separados ao invés de unirem um conceito.

Mas hoje é dificil de concertar, e digo que é quase impossível (disse quase) os choques são muitos, mas o que nos faz interessados em viajar para outro lugar, é o fato de que os conceitos e habilidades são muitos!

Essa individualidade as vezes também nos distancia, assim como fiz com o Mário. Distanciei... Eu estava louco pesquisando muito, mas pesquisando confuso, achando certo o fato de só de conseguir absorver, mas não de processar isso tudo.

Então ficou assim, Mário ficou sem conhecer mais ninguém, e sem referencia, repetiu várias vezes o que aprendeu, desde o inicio até hoje. Isso 5 anos ainda desde 2006.

Ao conhecer estes novos praticantes entendi melhor o percurso e conheci técnicas que até hoje sou grato e também a cada pitaco de cada brasileiro de cada estado benéficos de cada evento participado.

Mário continua repetindo...

E eu indo... regredindo (sensação)... indo... regredindo (sensação)...

Bom... levando aos dias de hoje. Me encontrei em completo estado de cocô!

Meus amigos recentes (2 e meio ano) de treino, estão com tornozelos torcidos e minha namorada Stefany que também treina, está estudando. Então, vou encontrar com o Mário.

Tendo em visto também que os bancos da praça onde eu e Mário começamos nosso treino, e onde dei meu primeiro precision de 9 pés, foram completamente destruídos. E logo lembrei do meu primeiro treino com ele.

Tenho que falar com ele, estou com saudades do meu amigo... o que faz ele hoje?

- Mário, pode treinar?

- Bora ué!

Mario alonga do mesmo jeito, aquece do mesmo jeito, alonga do mesmo jeito, e seus movimentos são os mesmo, menos o precision... O precision é mais confiante e tem melhor fuidez.

Mário me aborda e me lembra que eu estava certo sobre o modo correto do precision. Que teve resultado. E ao iniciar o treino ele fez as mesmas coisas no mesma distância e na mesma performance.

O que me fez refletir isso tudo, foi o fato de que ele precisava apenas de um diálogo para melhorar, contrário de que me distânciei dele para "evoluir", Hoje percebi que não evolui ainda, agora é que sinto que vou evoluir. Meu parkour começa agora, voltando no tempo onde eu deixei a minha individualidade me dominar e abandonar um companheiro para trás por conta de uma filosofia barata que nem existe e nem nunca existiu. Não puno a "filosofia do parkour", puno a mim mesmo, que me deixei levar. Hoje fiz ele enxegar muita coisa nova dentro das coisas que muitos me mostraram, não descarto o que aprendi com outros, meu nível cultural aumentou. Meu objetivo está naqueles que vi e deixei fazendo o mesmo por causa do "meu parkour".

Hoje vou tentar mudar, amanhã quem sabe eles irão mudar.

Não sei se entenderam. Mas quantos de vocês não tem um amigo que ainda faz as mesmas coisas?As vezes o "seu parkour" criou erros repetitivos para outros assim como para você e eu que teve de voltar de qualquer jeito e aprender junto, para assim realmente evoluir.

Sim! Estou pronto!